A história de todos nós
Era uma vez um povo pacato. Vivia num país solarengo e tinha uma vida simples e calma. Gostava de ajudar o próximo, era simpático com os estranhos e vivia da terra. Às voltas tantas, chegou um forasteiro à povoação, a acenar com novidades inimagináveis. Roupas de marca, salários mais justos, carros importados, qualidade de vida. E o povo agradeceu. E passou a viver uma vida ainda melhor, mais desafogada, mais livre. E foi então que se percebeu que queria mais, muito mais, sempre mais. Mais que o vizinho e mais que colega. Mais que tudo. Mais mais mais...
O tempo foi passando e esse sentimento nunca o abandonou, a esse povo pacato. Esse povo dos três F's. Do Fado, Fátima e Futebol.
Para esquecer esses pensamentos pecaminosos o povo achou por bem construir estádios e organizar um campeonato europeu. Uma forma de se distrair e deixar de pensar nas coisas más que o rodeavam. Um desses estádios, não por ser o melhor, não por ser o pior, apenas sendo um deles, ficou situado perto de Aveiro. Mas podia ser noutro local qualquer. Local de boas gentes, pacatas. Local de terrenos férteis em arvoredo. Esses terrenos valorizaram com a presença do estádio. Seria bom que se pudesse aí construir, sempre se ganhava algum dinheirito com a venda das casas, que serviria para desafogar um pouco esta pobreza em que se vive agora. E o povo esperou um aviso dos céus. Atearam-se fogos à mata e pensou-se que se aquilo ardesse seria porque era esse o desígnio de Deus. Se não ardesse, olha, paciência. Continuar-se-ia a tentar até Deus querer que isso acontecesse. O importante no fundo é o lucro que as casas poderão vir a dar. Ao fim e ao cabo, somos o pacato povo dos três F's.
O tempo foi passando e esse sentimento nunca o abandonou, a esse povo pacato. Esse povo dos três F's. Do Fado, Fátima e Futebol.
Para esquecer esses pensamentos pecaminosos o povo achou por bem construir estádios e organizar um campeonato europeu. Uma forma de se distrair e deixar de pensar nas coisas más que o rodeavam. Um desses estádios, não por ser o melhor, não por ser o pior, apenas sendo um deles, ficou situado perto de Aveiro. Mas podia ser noutro local qualquer. Local de boas gentes, pacatas. Local de terrenos férteis em arvoredo. Esses terrenos valorizaram com a presença do estádio. Seria bom que se pudesse aí construir, sempre se ganhava algum dinheirito com a venda das casas, que serviria para desafogar um pouco esta pobreza em que se vive agora. E o povo esperou um aviso dos céus. Atearam-se fogos à mata e pensou-se que se aquilo ardesse seria porque era esse o desígnio de Deus. Se não ardesse, olha, paciência. Continuar-se-ia a tentar até Deus querer que isso acontecesse. O importante no fundo é o lucro que as casas poderão vir a dar. Ao fim e ao cabo, somos o pacato povo dos três F's.
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