Ódios de estimação - CP - Capítulo I

Caso 1: a estação de Sete Rios. Com esta brincadeira do túnel do Rossio ter fechado, a estação de Sete Rios tornou-se a estação mais movimentada de toda a linha. Centenas de pessoas saem de cada comboio durante as horas de ponta. E todas elas querem uma mesma coisa: sair da estação rapidamente, pois têm mais que fazer.
A estação em si já foi mal construída logo de raiz, pois tem poucas e apertadas saídas. Mas mesmo assim existem 3 escadas rolantes, uma escada convencional e um elevador para se abandonar a plataforma. Acontece que, para já, o elevador é lento e minúsculo. Aqui nada a questionar, ele apenas deveria ser usado por pessoas com dificuldades motoras, por isso serviria. Restam-nos as escadas. Neste campo temos nada mais nada menos que 2 escadas rolantes e a escada convencional a servir a parte dianteira do comboio enquanto a parte posterior apenas é servida por uma escada rolante. Para cúmulo, esta única escada rolante costuma estar sempre ligada no sentido ascendente, quando a saída da estação se faz no sentido oposto. Como os passageiros ainda vão tendo alguma inteligência, assim que o comboio chegava, a primeira pessoa a chegar a esta escada carregava no seu botão de paragem e tornava-a numa escada convencional. E que fez a CP relativamente a isso? Eu estaria à espera que, ou deixassem a escada sempre parada às horas de ponta para servir os dois sentidos ou então trocassem o sentido desta escada para descendente e o de uma das outras duas da frente passaria a ser ascendente para equilibrar as coisas. Mas não, o que aconteceu foi que a CP colocou 2 gorilas fardados a guardar esta preciosa escada ascendente, fazendo assim com que a carneirada que acabou de descer do comboio tenha de ir em procissão até às escadas da parte da frente, de preferência a balir e a agitar os cornos, para gáudio do chefe de estação!