Ler jornais causa violação de privacidade

Desde há algum tempo que andam a ser distribuídos à população jornais diários gratuitos nos transportes públicos, nomeadamente comboios suburbanos e metropolitano. Sendo da opinião que esta iniciativa é de louvar, não posso deixar de notar aquilo que considero ser uma possibilidade indirecta de violação de privacidade. Passo a explicar.
Toda a gente que já pegou num jornal sabe que eles têm aquele problema intrinseco de sujarem as mãos de preto. Ora, com este aumento exponencial dos níveis de leitura, o que mais há para aí em horas de ponta é pessoal com as mãos escurecidas. Isto leva a que, especialmente no metropolitano, se vejam cada vez mais dedadas carimbadas nas paredes das carruagens, especialmente as que ficam imediatamente ao lado das portas.
E se alguém se lembrar de utilizar estas impressões digitais para alguma coisa? Imaginem por exemplo que um tipo diz à mulher que vai trabalhar para ao estrangeiro mas depois é confrontado com a sua impressão digital no metropolitano, ao lado da de uma loira?
Pelo sim pelo não, aconselho estas pessoas ao uso de luvas. Ou se calhar não, porque a partir de agora, podemos começar a pensar que quem andar de luvas é porque estará eventualmente a tentar esconder alguma coisa.